O custo do transporte público ainda é um fator que afasta o brasileiro desse tipo de modo de locomoção. Segundo pesquisa do da companhia alemã Numbeo, o montante gasto pode chegar a 20% do orçamento para pessoas que recebem apenas o salário mínimo.
Segundo o estudo, o Brasil subiu no ranking dos países que a passagem tem mais impacto na renda do cidadão. Se em 2020, o país ocupava a 55ª colocação, esse ano registra que esses custos ocupam a 49ª posição se comparada com outros países do mundo.
O fator que mais preocupa é a proporção que o ticket ocupa se comparado com outros países. Na Holanda, que tem o valor mais alto do mundo, o preço da passagem é de 3,20 euros (pouco mais de R$ 17), porém esse valor representa cerca de 4% do salário do cidadão.
Mesmo para quem recebe a média de salário no Brasil, o valor da passagem é elevado. Segundo um estudo da Oxfan, o trabalhador recebe cerca de R$ 2.540, enquanto o custo médio do transporte foi de R$ 4,80, o que representa 11% do total.
Esse cenário mostra a necessidade de rever o formato do custeio do sistema. O setor necessita de formas de subsídios para não depender apenas do valor da passagem para que o sistema se torne sustentável como um todo.