Nós usamos cookies
Este site usa cookies para aprimorar sua experiência de navegação.
25/07/2025
A Política Nacional de Mudanças Climáticas, Lei 12.187/2009, descreve as mudanças climáticas como: “mudanças climáticas que possam ser diretas ou indiretamente antropogênicas, que alterem a composição da atmosfera global e que se some àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis.”
“Efeitos adversos da mudança climática: mudanças no meio físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham afeitos deletérios significativos sobre a composição, resiliência ou produtividade de ecossistemas naturais e manejados, sobre o funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-estar da humanidade”.
Os impactos danosos causados por essas emissões são transnacionais, ou seja, englobam todos os continentes, não se sujeitando às fronteiras geográficas, políticas ou econômicas, desta forma, a efetividade de programas ambientais associados a ações preventivas, seja por remediação, requer ações contundentes que envolvam países, governos, empresas, sociedade, etc.
OS GASES DE EFEITOS ESTUFA – GEE
Atividade Industrial contribui para o efeito estufa com 5,6% de incidência – Imagem Freepik
Os principais gases que contribuem para o aumento do efeito estufa e suas fontes antropogênicas:
CO2 (dióxido de carbono) – Responsável por cerca de 60% do efeito estufa, cuja permanência na atmosfera é de pelo menos centenas de anos, é proveniente da queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural …), queimadas e desmatamentos que destroem reservatórios naturais e sumidouros, que tem a propriedade de absorver o CO2 da atmosfera.
O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC (1995), as emissões globais de CO2 hoje são da ordem de 7,6 gigatoneladas (Gt), por ano, e a natureza não tem capacidade natural de absorção de todo esse volume disposto, o que resulta em um aumento da concentração desses gases em níveis globais.
CH4 (metano) – Responsável por 15 a 20% do efeito estufa, é um componente primário do gás natural, também produzido por bactérias no aparelho digestivo do gado, aterro sanitário, plantação de arroz inundadas, mineração e queima de biomassa.
N2O (óxido nitroso) – Responsável por cerca de 6% do efeito estufa, esse gás é liberado por microorganismos no solo (por um processo denominado nitrificação, que libera igualmente NO – nitrogênio.
CFCs (clorofluorcarbonos) – Responsáveis por até 20% do efeito estufa, esses gases são comumente utilizados em geladeiras, aparelhos de ar condicionado, isolamento térmico e espumas, como propelentes de aerossóis, além de outros usos comerciais e industriais.
O3 (ozônio) – Responsável por cerca de 8% para o aquecimento global, é um gás formado na baixa atmosfera, sob estímulo do sol, a partir de óxidos de nitrogênio (NOx) e hidrocarbonetos (moléculas de hidrogênio e carbono), produzidos em usinas termoelétricas, pelos veículos (ciclo oto e diesel), pelo uso de solventes e pelas queimadas.
O vapor d’agua presente na atmosfera também absorve parte da radiação emanada pela terra e é um dos maiores contribuintes para o aquecimento natural do globo terrestre.
O Protocolo de Quito também menciona os gases:
– hidrofluorocarbonos (HFCs);
– perfluorocarbonos (PFCs);
– hexafluorsulfúrico (SF6)
SETORES QUE MAIS CONTRIBUEM PARA EMISSÕES DE GEE
Dentre os diversos setores da economia, o setor de energia é o maior emissor de gases de efeito estufa, correspondendo por quase 73%, segundo dados da WORLD GREENHOUSE GAS EMISSIONS.
O setor de energia incluí diversos subsetores a atividades, como os transportes, eletricidade e geração de calor, edifícios, fabricação e construção, emissões fugitivas e outras queimas de combustíveis.
Segundo ainda dados obtidos, outros setores tem participações relevantes aos impactos atmosféricos como:
– agropecuária (12%), uso da terra;
– mudanças no uso da terra e silviculturas (6,5%);
– processos indutriais de produção química, cimento e outros (5,6%);
– resíduos, incluindo aterros e águas residuais (3,2%).
O SETOR DE TRANSPORTE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORIA DO AR
Setor tem se mobilizado para minimizar os efeitos em suas operações com diversas iniciativas – Imagem Freepik
As alterações climáticas estão paralelamente associadas a outros eventos e fenômenos, sejam de cunho econômico ou social. Um dos principais fatores, que merece atenção, é o crescimento populacional e, consequentemente, o aumento das emissões em decorrência da demanda por produtos e serviços gerados por este aumento populacional global, necessitando cada dia mais de opções de transportes coletivos e de massas, acarretando por consequência o aumento dos impactos atmosféricos.
O setor de transporte rodoviário vem buscando, dentro das prerrogativas existentes, inúmeras alternativas para a diminuição dos impactos causados pela emissões de gases na combustão veicular, tanto dos ônibus como nos caminhões de cargas, agregando formas viáveis para conciliar meios de descarbonizar sua fonte de matriz energética, investindo em pesquisas e desenvolvimento na busca de soluções, tais como:
– eletrificação da frota;
– biometano;
– diesel verde;
– célula de hidrogênio;
– biodiesel.
Contudo, o setor já disponibiliza tecnologia de baixa emissão, como motorização na fase EURO VI, com o uso de Agentes Redutores de Líquidos Automotores (ARLA 32), que por reação química quebra a cadeia do óxido nitroso (NOx), um dos gases mais contaminante na combustão livre, além da diminuição do teor de enxofre com o uso do diesel S10 (10 micrograma por quilograma de enxofre), diminuindo sobremaneira o material particulado (MP), extremamente nocivo a saúde humana e ao meio ambiente, bem como a adição de biodiesel diretamente no óleo diesel, hoje com o percentual de 15%, contribuindo desta forma para a melhoria da qualidade do ar nos grandes centros urbanos.
Este site usa cookies para aprimorar sua experiência de navegação.