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02/05/2024
Enquanto todos olham para a eletricidade como principal agente visando um sistema de transporte livre das emissões poluentes, o hidrogênio se apresenta como uma opção que permite a geração de energia a bordo dos veículos.
Um dos assuntos que mais figura dentre o setor de transporte coletivo é como a tecnologia de tração irá se enquadrar na meta de reduzir os nefastos efeitos da poluição oriunda da mobilidade sobre rodas. Uma das respostas tem sido a busca por inovações que possam garantir tipos de combustíveis que não sejam poluentes, como o hidrogênio, considerado, por muitos, a solução para um transporte limpo.
Como elemento mais abundante na Terra, o hidrogênio não é encontrado em sua forma pura, devendo ser extraído de outras fontes, como a água, por exemplo. Segundo Antonio Eustaquio Sirolli, engenheiro de produção e automobilístico, com 39 anos de Mercedes-Benz, o processo de reforma do metano é, atualmente, preponderante para se obter, comercialmente, o elemento, que é utilizado, em larga escala, na indústria.
“O processo, por meio da eletrólise da água, com energias de fontes renováveis, como solar, eólica e hidráulica é o futuro nessa cadeia. Também, no Brasil, o etanol C2H5OH, com certeza é uma rota vantajosa, pois já temos a logística de distribuição instalada. A reforma a vapor do etanol se mostra como uma via já pesquisada e com grande potencial”, explicou o especialista, que, ainda, está fazendo doutorado no assunto.
E, o que é necessário para que o hidrogênio ganhe escala, principalmente, na área do transporte brasileiro? Sirolli comentou que é preciso criar a rede de infraestrutura de geração do hidrogênio e de abastecimento para o seu sucesso comercial. E, a partir de quando seja possível acontecer? “Creio que, ainda, vai levar mais de cinco anos para uma estruturação do setor. Contudo, depende de programas governamentais e prefeituras com os seus órgãos gestores, caso a caso”, observou.
O hidrogênio, na forma de combustível, é usado nas células a combustível, passando por um processo eletroquímico, onde se transformará em eletricidade que é a responsável pela tração dos ônibus.
Quanto a custos, o engenheiro citou que ainda são muito altos, sendo que a célula a combustível e os cilindros são importados. Porém, o motor elétrico pode ser encontrado no País. Mas, o Brasil tem potencial para isso? “Exatamente”, sintetizou Sirolli. “Pelo contexto operacional, o hidrogênio para veículos comerciais se apresenta como a eterna energia do universo a ser usada para evitar emissões de CO2”, disse.
Perguntado como está olhando esse mercado, aqui e externamente, em direção à um futuro limpo nas trações de veículos comerciais, Eustáquio afirmou que, pessoalmente, crê que o hidrogênio é a solução para ônibus em geral, pois tem rápido tempo de abastecimento, baixo impacto na tara do veículo e o mundo vem buscando soluções para produção e distribuição dessa energia limpa.
“Artigos distribuídos por diversas fontes frequentemente destacam pedidos de ônibus a hidrogênio para muitas cidades pelo mundo. Tem sido um passo a passo, e com a redução do custo do hidrogênio o cenário será mais atrativo”. Como o Brasil está tratando essa alternativa? Você lê a matéria completa na edição 43 da Revista Sou + Ônibus.
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