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10/01/2024
Com quase 3 milhões de seguidores na rede social, Eduardo Feldberg conta que usar ônibus, em alguns momentos, é inteligente e econômico
A série Eu Uso Ônibus traz uma conversa com o conhecido influenciador Eduardo Feldberg, o “Primo Pobre”, que produz vídeos sobre educação financeira, ensinando pessoas simples a trabalharem melhor o seu dinheiro e instruindo-as sobre alguns investimentos e hábitos a fim de construírem patrimônio.
A entrevista foi realizada no estúdio móvel da Rádio Ônibus, nossa parceira, e gravada nas dependências da garagem da Viação Santa Cruz, em São Paulo.
“Essa é a primeira vez que eu gravo uma entrevista dentro de um ônibus, mas já andei muito de ônibus, na verdade ando até hoje”, disse o influenciador.
Ele tem quase 3 milhões de seguidores no Youtube, e inúmeros vídeos que ensinam lições valiosas para quem ainda não está habituado a economizar e investir suas economias.
Nessa entrevista, ele contou que sempre fez uso do transporte público por ônibus e que, atualmente, mesmo depois do sucesso do seu canal, de vez em quando ainda utiliza esse meio de transporte, porém jamais havia entrado em uma garagem. “Estou gostando da experiência. Só tem ônibus chique aqui. Os ônibus são novinhos”, brincou.
Sou + Ônibus – Falando de transporte público, você tem seu automóvel. Utilizava o ônibus antes… E hoje, continua utilizando?
Primo Pobre – Sim, continuo, porque eu moro em Osasco [e] tenho muitos eventos. Por exemplo, hoje eu tinha um evento na Vila Olímpia. Para eu chegar na hora, teria que sair bem mais cedo, pegar um trânsito “do cão”. Vou demorar 1 hora e meia para chegar, vou gastar gasolina, pagar estacionamento (que não é barato), mas não vou nem falar que é pela questão financeira, é porque eu odeio ficar parado no trânsito, o que não me permite trabalhar… Então, hoje de manhã eu fiz isso, [e] em 40 minutos eu cheguei onde eu precisava, gastando menos.
Sou + Ônibus – Você considera mais vantajoso o ônibus, em alguns trajetos em São Paulo?
Primo Pobre – Sem dúvida. É mais barato, mais rápido e consegui ir trabalhando. Otimizo o meu tempo, posso dormir mais e consegui produzir. Não tenho frescura. Espero ter essa vida o máximo que eu puder. Para quem pensa em economia, é ótimo. Para mim, nem Uber vale a pena, porque eu gastaria muito mais. Alguém pode me achar “muquirana”, mas eu considero uma decisão inteligente, pois economizo e chego antes.
Sou + Ônibus – Então, é algo que você faz sempre?
Primo Pobre – Claro. Outro dia mesmo, precisava ir à Rádio Transamérica. Estava na Avenida Faria Lima, daí vi o tempo que o Uber ia demorar, além de ser mais caro. Peguei o “busão” e logo estava lá. Cheguei mais rápido, com ar-condicionado – agora tem tudo, portas USB… No horário de pico eu sei que é lotado, mas isso é em qualquer lugar. Quando você tem flexibilidade de horário, então, é ótimo. Talvez essa seja a tendência.
Sou + Ônibus – Que barreiras temos que derrubar para mudar a mentalidade em relação ao transporte público?
Primo Pobre – Tem muita gente que fala: “Ah! Quando eu for rico, nunca mais vou entrar em um ‘busão’ na vida!”. Eu acho isso uma bobagem. Não tenha esse tipo de frescura! Eu entendo que, muitas vezes, pode ser mais confortável, mas não tenha esse trauma. Talvez, se você tiver mais recursos, você poderá utilizar em horários alternativos. Não que eu só pegue [nesse horário]; às vezes eu pego no horário de pico também, mas não podemos nunca perder nossa simplicidade. A simplicidade é muito importante até para enriquecer. Se você só quer ostentar, você dificilmente vai enriquecer. O dinheiro pode nos oferecer diversas coisas, mas não podemos perder a simplicidade, pois isso pode fazer você voltar para a pobreza.
Sou + Ônibus – E viagens mais longas de ônibus, para outras cidades, você também gosta?
Primo Pobre – Está aí uma das coisas que eu mais gosto de fazer: viajar! E o que eu falo, nem toda viagem tem que ser grande, como uma viagem de 30 dias. Não, você pode fazer diversas viagens mais próximas, seja com seu carro, mas, principalmente, eu tenho feito a viagem de ônibus rodoviário. Esses dias viajei para Franca, para dar uma palestra (inclusive, vou voltar em setembro), e lá eu pensei: para quem é mais pobre e nunca viajou de avião, eu falo, não tem conforto nenhum perto de um ônibus: a poltrona é minúscula – não vai pensando que o avião vai te oferecer conforto igual ao ônibus. Eu fui de ônibus-leito, que maravilha! Nem se compara a viajar de avião! Eu achei mil vezes mais confortável. Você reclina [a poltrona a] 180 graus, tem Wi-Fi. É uma coisa que eu tenho feito: mais viagens de ônibus. Muito mais barato e eu achei mais confortável.
Confira a entrevista na íntegra na edição 46 da Revista Sou + Ônibus.
Por Henrique Estrada; Edição de Marcelo Valladão
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