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09/12/2025
Duas notícias, divulgadas recentemente pela imprensa, têm um impacto direto nos serviços de transporte público coletivo oferecidos à população paulistana: o aumento dos congestionamentos no trânsito pela cidade de São Paulo e a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), considerando inconstitucional o decreto da Prefeitura da capital que proíbe mototáxis na cidade.
O jornal Folha de S. Paulo noticiou que a morosidade do trânsito na cidade de São Paulo está próxima de atingir os níveis de 2019, antes da pandemia do coronavírus, com mais de 400 quilômetros de lentidão, em dias úteis. Esses congestionamentos frequentes nas principais vias da cidade resultam em atrasos significativos para os ônibus, aumentando os tempos de viagens dos passageiros e, assim, reduzindo a confiabilidade do sistema de transporte coletivo.
Esse fluxo lento do tráfego também aumenta os custos de operação das empresas de transporte, pois são necessários mais veículos e mais motoristas para manter a frequência do atendimento, evitando que os passageiros precisem ficar mais tempo nos pontos à espera dos coletivos. Além disso, o consumo de combustíveis e das baterias e a manutenção dos veículos também são maiores.
É nesse trânsito já conturbado que a decisão do TJSP insere o serviço de mototaxistas, um meio de transporte individual, o que amplia os riscos de acidentes, principalmente em áreas mais congestionadas. A FETPESP vem, há tempos, manifestando sua apreensão com as consequências que a liberação do mototáxi poderá causar à mobilidade urbana e à segurança viária. Levantamento do Sistema de Informações Gerenciais de Sinistros de Trânsito – INFOSIGA, do Detran-SP mostra que, de janeiro a julho deste ano, foram registrados 3.528 óbitos no Estado de São Paulo, sendo 1.543 de motociclistas, um aumento de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A falta de regulamentação e de fiscalização adequadas podem ampliar a prática da condução insegura.
Os congestionamentos e os mototáxis são fatores que se configuram como desafios para a organização dos sistemas de transporte público coletivo, que requerem uma abordagem integrada, envolvendo investimentos em infraestrutura e uso de tecnologias que melhorem a eficiência operacional dos ônibus, gerando aumento da demanda e da receita, e consigam diminuir a utilização do transporte individual.
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